Coluna do Wagner: Periodização
17/07/2013

O treinamento desportivo a milhares de anos atrás, já era usado para preparar atletas para os Jogos Olímpicos e para a guerra. Mas somente no final do século XIX, com o início das Olimpíadas da era moderna, o treinamento passou a ter uma estrutura sistematizada para elevar o rendimento esportivo.

O planejamento do treinamento é um processo metodológico e científico que auxilia o atleta a atingir um alto nível de treinamento e desempenho. É sem dúvida a ferramenta mais valiosa que o treinador possui a fim de conduzir um programa de treino bem organizado. O trabalho deve considerar uma variação de volume e intensidade de acordo com o calendário de competições ou seja deve haver uma PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO.

Estudos demonstram que o caráter científico da periodização do treinamento desportivo precisa respeitar as dimensões específicas no que se refere ao sistema de competição, técnica, regras, condições do clima, fuso horário etc. Vale salientar ainda que um dos erros mais comuns no treinamento incluem a recuperação negligenciada e a elevação da carga de trabalho de forma rápida.

A periodização deve ser seguida pelas seguintes etapas: microciclo (1-7 dias) que está inserido o treino (trabalho do dia) e é dividido em controle, choque, ordinário, estabilizador, recuperativo, pré-competitivo, competitivo e transição onde cada um desses microciclos trabalha ajustes que preparam o atleta para a competição, respeitando sempre o volume X intensidade.

O mesociclo nada mais é que o conjunto de microciclos agrupados, variando de 2 a 6 semanas. Já o macrociclo se refere a temporada dividindo a temporada em: PREPARAÇÃO, COMPETIÇÃO e TRANSIÇÃO.

Período preparatório onde o objetivo é a preparação orgânica funcional com ênfase nos exercícios aeróbicos e força máxima, ou seja, melhorar a capacidade do atleta.

Período pré-competitivo onde há a inserção dos gestos desportivos e solicitações metabólicas próximas a realidade, objetivando a elevação do desenvolvimento das caracteristicas fisiológicas, aumentando o potencial do atleta.

Período competitivo: quando o objetivo é a manutenção do adquirido anteriormente com ênfase em exercícios com gestos desportivos e solicitações metabólicas semelhantes ao de uma competição para que ocorra o desenvolvimento específico evitando uma especilização errônea do organismo.

E por fim o Período de transição também conhecido como “descanso ativo” onde o objetivo principal desse período é permitir que os atletas se recuperem mental, física e emocionalmente do trabalho intenso durante os períodos de preparação e de competição.

abraços com performance,

Wagner Zaccani
Prep.Físico
Esp. Ciências da Saúde e do Esporte
cref 01058-G/RS

Coluna do Wagner: O que pensar na preparação física de judocas?
13/05/2013

Treino Seleção Gaúcha de Judô 2013 cat de baseDe acordo com o dicionário de ciências do esporte, preparação física é “uma ação sistemática de treinamento que implica na exitência de um planejamento em que se define igualmente os objetivos, conteúdos e os métodos de treinamento, cuja a sua realização deve desenvolver mediante dos mesmos”.

O programa de treino deve se basear objetivamente no desempenho do atleta em testes, em competições, no progresso dele em todos os fatores de treinamento, considerando também o calendário de competições. Posso salientar ainda que o plano de treino precisa ser simples, sugestivo e flexível, podendo ser modificado conforme o progresso do atleta.

A sistematização do treinamento no judô é complexa, pois se trata de um desporto que combina diversas capacidades motoras. Dessas capacidades, existem três que formam a base de sustentação do processo de treinamento de judocas: a FORÇA, a VELOCIDADE e a RESISTÊNCIA.

Nos deparamos com a necessidade de trabalhar capacidades físicas distintas, que utilizam vias metabólicas diferentes. De acordo com a literatura específica existe um certo consenso quanto ao seguinte fato: o judô possui atividades motoras sustentadas, principalmente pela capacidade anaeróbica lática devido ao trabalho de alta intensidade, com pausas muito curtas.

Entretanto não podemos montar o planejamento do nosso atleta focado apenas nessa via energética. O condicionamento aeróbico e o anaeróbico alático também tem um papel importante no resultado final de desempenho.

E como trabalhar estas diferentes capacidades que se somam na exigência dos combates? Bom….isso é assunto para nosso próximo post.

Abraços com performance
Wagner Zaccani
Prep.Físico
CREF: 010858-G/RS

Coluna do Wagner: A Importância do Aquecimento
17/04/2013

Para uma boa prática do judô, aquecimento é importante | Foto: Miguel Noronha / FGJ

Para uma boa prática do judô, aquecimento é importante | Foto: Miguel Noronha / FGJ

O Campeonato Sul-Brasileiro é neste final de semana. E o primeiro post da preparação fisica vai ser uma dica: AQUEÇA!!!!

Por meio de um aquecimento efetivo, o atleta obtém uma melhor condição inicial de prontidão de desempenho muscular, orgânico e psicológico, atuando também de forma profilática. O objetivo principal do aquecimento é preparar o organismo do atleta para alguma atividade posterior, devendo ser realizado antes do treino técnico, físico ou competição.

Em modalidades como no Judô onde há períodos de grande intensidade, intermitentemente, há uma necessidade de uma pré-carga de aquecimento suficiente alta.

Podemos dividir o aquecimento em duas partes: aquecimento geral e específico. O aquecimento geral refere-se ao aquecimento que não produz gestos e substratos energéticos predominantes da luta. Seu objetivo é aumentar as possibilidades funcionais do organismo.

Já o aquecimento específico refere-se ao aquecimento especial da atividade, no qual são executados movimentos que servem ao aquecimento dos músculos que têm relação direta com o esporte, por intermédio de exercícios e gestos parecidos ou equivalentes aos do combate. Podemos e devemos ainda incluir exercícios de alongamento dinâmico e soltura.

Abraços com performance,
Wagner Zaccani
Preparador Físico
ESP. Ciências da Saúde e do Esporte
CREF 01058-G/RS